segunda-feira, 11 de abril de 2016

PALINGENESIA VEM DO GREGO E É SINÔNIMA DO CICLO REENCARNATÓRIO


Voltamos à palingenesia, porque os numerosos comentários no www.otempo.com.br o exigem. 




Sua etimologia vem de duas palavras gregas “palin” (de novo) e “genesis” (geração): de movo em geração; regresso à vida depois da morte, o que deixa claro que se trata da reencarnação, mas está traduzida erradamente na Bíblia por regeneração, que é uma consequência das gerações ou reencarnações, mas  não a própria regeneração.      

Para o professor de grego, doutor em Bíblia em Roma, o padre Carlos Torres Pastorino, autor de “Sabedoria do Evangelho” (oito volumes), a tradução de palingenesia na Bíblia por “regeneração” (Mateus 19: 28; e Tito 3: 5) é forçada para ocultar o sentido reencarnacionista do contexto. 

E não conhecemos, no cristianismo moderno, maior conhecedor da Bíblia do que Pastorino! 

A reencarnação foi aceita no cristianismo até o Concílio Ecumênico de Constantinopla (553), convocado e dirigido pelo Imperador Justiniano e à revelia da vontade do Papa Virgílio. 

Há muitas obras sobre a reencarnação na Bíblia de autores espíritas e não espíritas de vários países, entre eles o deste colunista: “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”, lançado também em inglês, nos Estados Unidos.

Muitos dizem que a palavra reencarnação não está na Bíblia, o que é verdade, pois ela só foi criada em meados do Século Dezenove por um grupo de cientistas europeus, entre eles Kardec, quando já havia dezoito séculos que a escrita da Bíblia já tinha sido terminada. Mas ela está sim na Bíblia através de outras palavras sinônimas dela ou de expressões equivalentes a ela: nascer “de novo” (“anothen”). 

E durante dois mil anos, esse advérbio grego de quantidade “anothen” foi traduzido para o português na Bíblia pela locução adverbial “de novo”. E assim se dizia no evangelho de João capítulo 3 e com ênfase nos sermões dos padres e pastores: Para se chegar ao reino de Deus, temos que “nascer de novo”. 

Mas porque a crença na reencarnação, ultimamente, cresceu muito entre os cristãos, os teólogos e tradutores das novas edições bíblicas passaram a traduzir esse advérbio grego de quantidade “anothen” pela locução adverbial de lugar portuguesa “do alto”. 

Mas essa manobra para mudar o sentido reencarnacionista tradicional do texto evangélico “de novo” para “do alto” não colou, pois o espírito que reencarna renasce também “do alto”, ou seja, dos céus ou mundo espiritual!

Quando se diz que uma pessoa fez a passagem para o mundo espiritual ou morreu, esses dois modos de falar têm o mesmo sentido. E assim, quando se diz que “palingenesia é “retorno à vida” (Dicionário Prático Ilustrado, de Portugal) e “renascimento sucessivo dos mesmos indivíduos” (Dicionário de Aurélio com Schopenhauer), os dois dicionários estão falando de modo diferente a mesma coisa, ou seja, a reencarnação. Só não vê isso quem não quer ver mesmo!    

Mas podemos interpretar também palingenesia nas traduções erradas bíblicas (Mateus 19: 28; e Tito 3: 5), como sendo o período das nossas reencarnações. E, teologicamente falando, a nossa regeneração já foi feita, antecipadamente, pelo projeto de Deus quando da criação do homem. 

Mas cabe a nós, agora, fazermos também a nossa parte, para o que, exatamente, Deus nos deu a graça de outras vidas, pois essa parte que nos toca fazer não se faz num pescar de olhos, mas durante as longas eternidades das reencarnações!

PS: José Reis Chaves apresenta o“Presença Espírita na Bíblia”na www.tvmundomaior.com.br .
  





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